quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Mil vezes

Sentimento tem valor? Há alguma unidade de medida que possa captar o quanto consideramos uma pessoa? Essa dúvida se eleva em meus pensamentos e me retorna à uma gostosa saudade que um dia pensei que seria dolorosa. Muitas vezes o leve aceno de mão nos engana e nos faz ver um longo e distante adeus. Adeus, uma palavra curta e sofrida. Já pensaram nas vezes em que tiveram de dizer: "adeus.."? Você pode me dizer que não, mas tenho quase certeza de que foi um dia cinzento, sem cor, que sua mão apertou a outra pela última vez, que seu corpo sentiu o calor do abraço pela última vez. Foi melancólico, foi ruim. Talvez me diga que não foi tão mal assim, entretanto, iniciou-se uma grande fase em que vocês não podem mais se ver e se falar como antes, não podem se olhar, abraçar, e fazer aquelas cócegas que sempre te incomodaram. Aí entra ela, a saudade, uma amiga curiosa e engraçada que nos faz rir sozinhos, faz nossos olhos brilharem, e rapidamente sentimos tudo aquilo que sentíamos antes na presença do então distante. Ela é companheira de todas as pessoas que um dia amaram a outra tão fortemente a ponto de dizer: "Por você, faria isso mil vezes" - e que hoje dariam tudo para ter um minutinho da companhia prazerosa do amigo. Amigo, aquele que nos faz sentir o fervor da alegria, da sinceridade, do carinho, da afeição, do ciúme, do prazer, da felicidade, do companheirismo, e de tantas outras coisas que não consigo enumerar. Só consigo pensar em uma unidade de medida para captar o tamanho do amor: o montão. Dizer que ama "um montão assim" é querer explicitar um sentimento infinito, sem restrições ou dúvidas. Capaz de suportar as piores palavras ditas, que de tão ríspidas, doem só de pressentir que estão vindo. Uma unidade que mede o fato de não nos importarmos com os defeitos alheios, com os medos. E que nos faz repetir sempre: "Por você, faria isso mil vezes."

Autor: Luiz Fernando Brasil

Constrangimento

Sabe aquela coisa que você fica todo vermelho e não tem onde esconder o rosto!? Aquela situação inesperada, todo mundo te olhando e você ali, sem graça. Pois é assim que muitas vezes ficamos quando deixamos escapar algo inoportuno, ou quando somos pegos cometendo os atos mais desastrosos (porque não curiosos!?). E quando caímos bem naquela poça d'água!? Ihhhh, a gargalhada é geral. Você é apontado, zombado e vira motivo de piada até o fim do dia. Ahh e aquela coisa que passou despercebida? A coisa que você nem notou, mas que alguém com certeza vai notar. E o pior, ela vai te dizer o que é, na maior inocência, e você vai ficar sem ar, sem ação, sem rumo. Você vai querer que tudo aquilo não esteja acontecendo. "Não... logo ele percebeu!? Por que o fulano ou o bertano não viu? Seria melhor se fosse assim!" - Calma... Respira, relaxa. Já foi. Agora que você foi avisado, nada nem ninguém vai mudar o ocorrido. A única coisa com que deve se preocupar é se a pessoa que viu seu "deslize" entender que foi justamente isso: um descuido infeliz. Ah, se é seu amigo mesmo nem vai levar isso adiante! Acredite, só você vai ficar se martirizando pelo fato infeliz. As pessoas esquecem rápido, sempre é assim. Tá, tudo bem que nem todo mundo é igual, mas no geral é isso mesmo ué!? É o seguinte: conforme-se e pronto! Já foi, já passou. Agora é sacudir a poeira e continuar olhando pra frente, como se o tombo não tivesse sido engraçado.

Autor: Luiz Fernando Brasil

Início

Sempre ouvimos que tudo tem o seu início. Mas como tudo começou? De onde as coisas surgiram? Como foi feito o universo? As teorias são diversas, mas resposta precisa, ninguém tem. Existem as especulações, as idéias, os estudos, as lendas, os dogmas. Se me perguntares o que deu origem ao universo, eu diria que foi Deus. Entretanto, não estamos aqui para discutir esse vasto assunto de universo e galáxias. - Então onde queres chegar com esse papo de que tudo tem um início? - Você se pergunta. Não quero chegar a lugar algum, só pretendo elucidar aos meus companheiros e amigos leitores que estamos começando uma nova empreitada digital. Tudo isso é muito novo pra esse amigo que vos escreve. Sempre tive a vontade de criar um blog. Mas o que escrever? O que contar? Será que alguém vai gostar? Quem vai ler? Vai ser um sucesso tal qual o blog da autora de "O veneno do escorpião"? Acho que não, devo dizer. Não pretendo ser alguma coisa estrondosa, que todo mundo comenta, nem tão pouco algo passageiro, que vira febre e logo depois cai no esquecimento. Esse espaço é para os meus amigos, para os conhecidos, ou quem sabe para os curiosos. Quero escrever aquilo que me dá vontade, que alguém nunca teve coragem de dizer, ou até mesmo aquilo que alguém enunciou e eu gostei tanto que resolvi colocar neste espaço. Aqui você vai ver fotos, vídeos e tantas outras coisas que pintar. Não vou fazer correntes, ou alta divulgação. Não quero alardes. De início, uma mera citação no meu perfil do orkut, e quem sabe uns emails para os amigos. Se daí surgir alguma coisa, bom. Esperar retorno!? Ah, estaria mentindo se dissesse que não. Mas estou aqui, escrevendo e colocando as minhas idéias. Se você curtiu, legal, seja bem vindo. Se não, ok, fique a vontade para as críticas. Esse é um espaço público, e todos estão convidados a entrar e tomar um cafézinho. Início, isso que se dá agora, neste exato momento. Você testemunha a criação de mais um blog na internet (mais um na multidão!?). Me deseje sorte.

Autor: Luiz Fernando Brasil